domingo, 1 de junho de 2014

Infecção por Tricomoníase

O que é?

A tricomoníase é uma doença de transmissão sexual da vagina e da uretra causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, um organismo unicelular com um flagelo semelhante a um chicote.
Apesar de a Trichomonas vaginalis poder infectar o tracto geniturinário tanto dos homens como das mulheres, os sintomas são mais frequentes entre as mulheres. Cerca de 20 % delas sofrem tricomoníase vaginal durante os seus anos férteis.. Nas mulheres, ataca o colo do útero, a vagina e a uretra

Nos homens, o organismo infecta a uretra, a próstata e a bexiga, mas só raras vezes causa sintomas. Em algumas populações, as Trichomonas podem ser responsáveis por todos os casos de uretrite não gonocócica. O organismo é mais difícil de detectar nos homens do que nas mulheres.

Como se adquire?

O parasita é transmitido através do contato do pênis com a vagina ou vulva com vulva (área genital externa à vagina) com uma pessoa infectada. Mulheres podem contrair tricomoníase de homens ou mulheres, porém homens geralmente só a contraem de mulheres infectadas.

O que se sente?

Nas mulheres, a doença costuma começar com uma secreção espumosa de cor verde-amarelada proveniente da vagina. Em algumas, a referida secreção é apenas ligeira. A vulva (os órgãos genitais femininos externos) pode estar irritada e dorida e é possível que o coito também cause dor. Nos casos graves, a vulva e a pele que a rodeia inflamam-se, bem como os lábios. Os sintomas são dor ao urinar ou um aumento na frequência das micções, que se assemelham aos de uma infecção da bexiga.
Os homens com tricomoníase não manifestam habitualmente sintomas, mas podem infectar as suas parceiras sexuais. Alguns apresentam uma secreção proveniente da uretra que é espumosa e semelhante ao pus, sentem dor ao urinar e precisam de o fazer com frequência. Os referidos sintomas costumam ter lugar de manhã cedo. A uretra pode sofrer uma ligeira irritação e por vezes aparece humidade no orifício do pénis.

Como se faz o diagnóstico? 

No caso das mulheres, o diagnóstico geralmente estabelece-se em poucos minutos, examinando uma amostra da secreção vaginal ao microscópio. No caso dos homens, é necessária a coleta de secreção uretral por meio de Zaragatoa ou alça de platina, preferencialmente pela manhã, quando a secreção é mais abundante. A massagem prostática pode auxiliar na sua detecção. O material deve ser analisado imediatamente.
Concomitantemente, devem ser efetuadas análises para outras doenças de transmissão sexual, cujo risco de contágio acompanha o da tricomoníase (Como Sífilis, HIV, Gonorréia e Hepatite B).
Em ambos os sexos, pode fazer-se também o diagnóstico através da coleta de urina de primeiro jato, a qual é imediatamente concentrada por meio de centrifugação, e analisada em preparações a fresco à microscopia óptica (o parasita tem aspecto e motilidade característicos) ou em preparações coradas.

Como se trata?

A tricomoníase geralmente pode ser curada com remédios sob prescrição médica. Os sintomas da tricomoníase em homens infectados podem desaparecer em algumas semanas sem tratamento. Homens infectados, mesmo que não apresentem sintomas, podem infectar a parceira sexual se não receber tratamento para tricomoníase. Desta forma, ambos parceiros sexuais devem receber o tratamento ao mesmo tempo para eliminar o parasita. Pessoas sendo tratadas contra tricomoníase devem evitar sexo até que seu parceiro sexual tenha completado o tratamento e não apresente sintomas. Ter tricomoníase uma vez não protege a pessoa de contrair a doença novamente.

Como se previne?

Evita-se a transmissão do parasita causador da doença praticando o sexo seguro, ou seja, pela adequada higiene genital, diminuindo-se o número de parceiros sexuais e usando-se preservativos. Tanto o preservativo masculino quanto o feminino provaram-se eficazes em reduzir as chances de contaminação.


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